quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Vórtice
Pés em movimentos pávidos
Anseios do previsto feneceio
Riscos cortam os céus feitos intensos lumes
Damas aprontam círios
Cavalheiros perdem compostura
Crianças entregues ao acaso
Todos perdem resquícios de senciência
Que divindade não se abasta?
A quem pertence tal obra pungente
Não é aquele que rabisca de tempos em tempos
Todos tragaram apenas um truísmo
Não havia hesitação
A tenebra se anunciou
Lares são ofereciam mais aprumo
Alguns optaram pela redenção
Outros seguiram por incógnitos condutos
O futuro pertencia ao seres empíreos
Ainda que agora morassem na descrença
Vórtice
Limpa os campos e leva existências
Engolfa agonias e gritos
Escancara sua cólera
Leva a matéria a uma dimensão excêntrica
Turva, deformada, fósmea
Um labirinto
Até Teseu asseveraria mais afável
Enfim os humanos a avistam
Não era celestial a moradia das divindades
Fazia jus ao seus méritos
Remanesce a inação
Daqueles que jamais serão meritórios de uma lápide
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